11 DE SETEMBRO
Na manhã de 11 de setembro de 2001, a minha (ex) esposa me disse que passava na TV o incêndio de uma das torres do World Trade Center (WTC). Não dei muita importância, pois estava com depressão na época e, portanto, mais preocupado comigo mesmo do que com o que ocorria no mundo. Logo, todos viram um avião atravessar a segunda torre. A CNN mudou a manchete para "America under attack".
Me interessei, sobretudo pois muitos, no período, achavam que aquilo poderia significar o início de uma guerra nuclear, o que levaria ao fim da humanidade. Internamente, por causa da depressão, a idéia parecia-me interessante, na medida em que a minha morte estaria associada ao fim do mundo. Não foi o que aconteceu, nem comigo, nem com o mundo.
Ainda não se sabe o que realmente aconteceu em Manhattan naquela manhã. Houve discussões, relatórios, polêmicas e nenhuma conclusão efetiva.
Três documentários chamaram a minha atenção: "Zeitgeist", "Fahrenheit 9/11" e "Os dias que abalaram o mundo - 11 de setembro" da BBC. O segundo filme, feito por Michael Moore foi o mais sensacionalista e enfatizou o lado nacionalista do povo norte-americano, as consequentes guerras de "vingança" e as inúmeras contradições do governo George W. Bush.
"Zeitgeist" mostrou as falhas do governo dos Estados Unidos e foi além: culpou o próprio Estado pela queda das duas torres. A idéia descabida, para muitos, ganhou sentido quando eles mostraram que o complexo WTC, além das duas torres, possuía ainda cinco prédios, sendo o o WTC 7 desabou sem ser atingido por algum avião. As imagens do WTC 7 parecem mais a implosão de um prédio, feita de maneira programada. Esta seria a tese para as torres gêmeas também. O incrível foi que no relatório oficial, não houve explicação alguma sobre a queda do WTC 7. Foi algo como: "o prédio desabou e não sabemos o que aconteceu".
"Zeitgeist", no entanto, é parcial. Na entrevista do arquiteto que projetou o WTC, é mostrada somente um parte do depoimento, a de que ele comentava que os prédios suportariam o impacto de um grande aeronave. O resto de sua fala foi omitido e era fundamental, pois ele explicaria o que projetou numa época e o que aconteceu décadas depois. Isso foi mostrado no documentário da BBC, o mais técnico de todos, o que evitou análises políticas e focou mais fatos. Isso não queria dizer neutralidade. A forma de edição do documentário foi baseada numa hipótese pré-elaborada. Não foi por acaso que toda a discussão acontece praticamente só sobre as torres gêmeas.
O documentário "Zeitgeist" analisou outros temas, como a religião e o Banco Central dos E.U.A. A intenção era destruir os mitos. Contudo, em um determinado momento, para mostrar uma opinião positiva sobre a história da humanidade foi utilizado um discurso do presidente Kennedy, o que além de reforçar do mito JFK, omitia claramente as falhas e a face autoritária do seu governo, como a aplicação da "Aliança Para o Progresso". Foi a partir dela e do apoio norte-americano que foram criadas as ditaduras latino americanas das décadas de 1960 e 1970.
Em suma, os três documentários são parciais. Assistir aos três ajuda a ter uma visão mais completa do que foi o 11 de setembro. Culpar a C.I.A. por todos os atentados não pode ser levado à sério. É lembrado o atentado de Londres, mas em nenhum documentário é citado o que ocorreu em Madri. Trata-se de uma falha grave, sobretudo para quem defende a idéia de que a Al Kaeda nada teve a ver com o WTC. De qualquer maneira, sendo um ato do governo dos Estados Unidos ou um ataque terrorista de grupos islâmicos, o que importa é que a data tornou-se o marco histórico do início do século XXI.
Na manhã de 11 de setembro de 2001, a minha (ex) esposa me disse que passava na TV o incêndio de uma das torres do World Trade Center (WTC). Não dei muita importância, pois estava com depressão na época e, portanto, mais preocupado comigo mesmo do que com o que ocorria no mundo. Logo, todos viram um avião atravessar a segunda torre. A CNN mudou a manchete para "America under attack".
Me interessei, sobretudo pois muitos, no período, achavam que aquilo poderia significar o início de uma guerra nuclear, o que levaria ao fim da humanidade. Internamente, por causa da depressão, a idéia parecia-me interessante, na medida em que a minha morte estaria associada ao fim do mundo. Não foi o que aconteceu, nem comigo, nem com o mundo.
Ainda não se sabe o que realmente aconteceu em Manhattan naquela manhã. Houve discussões, relatórios, polêmicas e nenhuma conclusão efetiva.
Três documentários chamaram a minha atenção: "Zeitgeist", "Fahrenheit 9/11" e "Os dias que abalaram o mundo - 11 de setembro" da BBC. O segundo filme, feito por Michael Moore foi o mais sensacionalista e enfatizou o lado nacionalista do povo norte-americano, as consequentes guerras de "vingança" e as inúmeras contradições do governo George W. Bush.
"Zeitgeist" mostrou as falhas do governo dos Estados Unidos e foi além: culpou o próprio Estado pela queda das duas torres. A idéia descabida, para muitos, ganhou sentido quando eles mostraram que o complexo WTC, além das duas torres, possuía ainda cinco prédios, sendo o o WTC 7 desabou sem ser atingido por algum avião. As imagens do WTC 7 parecem mais a implosão de um prédio, feita de maneira programada. Esta seria a tese para as torres gêmeas também. O incrível foi que no relatório oficial, não houve explicação alguma sobre a queda do WTC 7. Foi algo como: "o prédio desabou e não sabemos o que aconteceu".
"Zeitgeist", no entanto, é parcial. Na entrevista do arquiteto que projetou o WTC, é mostrada somente um parte do depoimento, a de que ele comentava que os prédios suportariam o impacto de um grande aeronave. O resto de sua fala foi omitido e era fundamental, pois ele explicaria o que projetou numa época e o que aconteceu décadas depois. Isso foi mostrado no documentário da BBC, o mais técnico de todos, o que evitou análises políticas e focou mais fatos. Isso não queria dizer neutralidade. A forma de edição do documentário foi baseada numa hipótese pré-elaborada. Não foi por acaso que toda a discussão acontece praticamente só sobre as torres gêmeas.
O documentário "Zeitgeist" analisou outros temas, como a religião e o Banco Central dos E.U.A. A intenção era destruir os mitos. Contudo, em um determinado momento, para mostrar uma opinião positiva sobre a história da humanidade foi utilizado um discurso do presidente Kennedy, o que além de reforçar do mito JFK, omitia claramente as falhas e a face autoritária do seu governo, como a aplicação da "Aliança Para o Progresso". Foi a partir dela e do apoio norte-americano que foram criadas as ditaduras latino americanas das décadas de 1960 e 1970.
Em suma, os três documentários são parciais. Assistir aos três ajuda a ter uma visão mais completa do que foi o 11 de setembro. Culpar a C.I.A. por todos os atentados não pode ser levado à sério. É lembrado o atentado de Londres, mas em nenhum documentário é citado o que ocorreu em Madri. Trata-se de uma falha grave, sobretudo para quem defende a idéia de que a Al Kaeda nada teve a ver com o WTC. De qualquer maneira, sendo um ato do governo dos Estados Unidos ou um ataque terrorista de grupos islâmicos, o que importa é que a data tornou-se o marco histórico do início do século XXI.