CAOS E DESORDEM
Um princípio interessante é tratado no filme "The Butterfly Effect" ("Efeito Borboleta"): os eventos que parecem insignificantes podem criar coisas inesperadas (Constance Kaplan) - ver as entrevistas no making of do filme - informações e citações deste texto são feitas a partir deste documentário; as traduções são minhas pois o áudio do dvd é em inglês, mas as legendas são em alemão.
Henry Brooks Adams afirmava que "o caos era uma lei da natureza; a ordem seria o sonho do homem." Físicos e psicólogos usam a Teoria do Caos - "um mesmo sistema pode funcionar de maneira diferente ou caótica," como os movimentos de um chaotic double pendulum - "pêndulo duplo caótico." (Peter Goldreich)
O que significa isso? A lógica e a ordem são invenções do homem, que visam dar segurança ao indivíduo. Isso não existe, daí vem o medo do caos e do futuro.
De acordo com Richard Garriott, "caos e ordem não são inimigos, são apenas opostos." Isso não resolve a vida prática dos indivíduos. Constance Kaplan afirma que "queremos controlar a vida para nos sentirmos seguros." É verdade, mas é também uma ilusão (a segurança).
Para John D. Biroc, "o medo do caos atrai mais caos." A vida não seria linear ou um processo de causa e efeito. Ele usa o exemplo da infância: não é porque uma mãe fez algo ao filho que ele necessariamente, na vida adulta, agiria de uma tal forma. Na sua opinião, múltiplas possibilidades levam a pessoa a fazer algo. Não existiria uma ordem neste processo. Assim, não seria possível "prever coisas a longo prazo. (...) Se ficássemos no aqui e agora, não precisaríamos tentar controlar o futuro."
Por que pensamos no futuro? Por que evitamos questionar várias coisas? Por que "bloqueamos" o passado? Por que seria tão difícil se concentrar no aqui e agora?
Medo. Temos medo da vida, da morte, de sermos felizes, de sofrer, do que aconteceu, do que acontecerá... Somos "vampiros", olhamos no espelho e não nos vemos. O problema é admitir que conceitos - segurança, estabilidade, razão, ordem, lógica, entre outros - são invenções dos homens e não verdades absolutas. A letra de uma música dos Sex Pistols, em outro contexto, afirmava: "não existe futuro..." É verdade. Se existe algo, é o aqui e agora. Utilizar o futuro ou o passado, na maioria dos casos, é fugir do presente.
A questão não é ser otimista ou pessimista. Desistir não resolve. A alienação é um erro. Problematizar pode ser o caminho, mesmo sabendo que somos os inventores dos conceitos e dos problemas e sofremos consequências provocadas por um mundo em que predomina o caos.
Um princípio interessante é tratado no filme "The Butterfly Effect" ("Efeito Borboleta"): os eventos que parecem insignificantes podem criar coisas inesperadas (Constance Kaplan) - ver as entrevistas no making of do filme - informações e citações deste texto são feitas a partir deste documentário; as traduções são minhas pois o áudio do dvd é em inglês, mas as legendas são em alemão.
Henry Brooks Adams afirmava que "o caos era uma lei da natureza; a ordem seria o sonho do homem." Físicos e psicólogos usam a Teoria do Caos - "um mesmo sistema pode funcionar de maneira diferente ou caótica," como os movimentos de um chaotic double pendulum - "pêndulo duplo caótico." (Peter Goldreich)
O que significa isso? A lógica e a ordem são invenções do homem, que visam dar segurança ao indivíduo. Isso não existe, daí vem o medo do caos e do futuro.
De acordo com Richard Garriott, "caos e ordem não são inimigos, são apenas opostos." Isso não resolve a vida prática dos indivíduos. Constance Kaplan afirma que "queremos controlar a vida para nos sentirmos seguros." É verdade, mas é também uma ilusão (a segurança).
Para John D. Biroc, "o medo do caos atrai mais caos." A vida não seria linear ou um processo de causa e efeito. Ele usa o exemplo da infância: não é porque uma mãe fez algo ao filho que ele necessariamente, na vida adulta, agiria de uma tal forma. Na sua opinião, múltiplas possibilidades levam a pessoa a fazer algo. Não existiria uma ordem neste processo. Assim, não seria possível "prever coisas a longo prazo. (...) Se ficássemos no aqui e agora, não precisaríamos tentar controlar o futuro."
Por que pensamos no futuro? Por que evitamos questionar várias coisas? Por que "bloqueamos" o passado? Por que seria tão difícil se concentrar no aqui e agora?
Medo. Temos medo da vida, da morte, de sermos felizes, de sofrer, do que aconteceu, do que acontecerá... Somos "vampiros", olhamos no espelho e não nos vemos. O problema é admitir que conceitos - segurança, estabilidade, razão, ordem, lógica, entre outros - são invenções dos homens e não verdades absolutas. A letra de uma música dos Sex Pistols, em outro contexto, afirmava: "não existe futuro..." É verdade. Se existe algo, é o aqui e agora. Utilizar o futuro ou o passado, na maioria dos casos, é fugir do presente.
A questão não é ser otimista ou pessimista. Desistir não resolve. A alienação é um erro. Problematizar pode ser o caminho, mesmo sabendo que somos os inventores dos conceitos e dos problemas e sofremos consequências provocadas por um mundo em que predomina o caos.