O PT E PASSADO
Recentemente (quase sempre, aliás), o ex-presidente Lula usou o programa “Bolsa Família” como forma de reforçar o (seu) próprio mito. Ele “esqueceu”, no entanto, que quando assumiu a presidência da República (pela primeira vez) o seu projeto mesmo recebia o nome de “Fome Zero” e não deu em coisa alguma.
Este tipo de programa, na verdade, começou “a ser pensado nos anos 1970 [em outros países], quando se provou a correlação positiva entre educação, produtividade e crescimento. (…) No Brasil, o programa surgiu em 1995, em Campinas e no Distrito Federal. Depois se espalhou por outros locais. No período FHC, recebeu apoio federal. Ficou conhecido como Bolsa Escola.”*
Lula não era presidente da República em 1995. Ele só adotou o nome Bolsa Família “ao conjunto de programas sociais herdados do governo FHC.”* A mesma coisa pode ser dita quanto ao processo de estabilidade econômica feito a partir do Plano Real, que também não foi obra do seu governo.
O interessante em tudo isso é ver as várias contradições dos líderes petistas em sua “práxis” na oposição e na crítica quanto ao que havia antes de sua chegada ao poder, como:
. o apoio a Tancredo Neves no colégio eleitoral como forma de acabar com a ditadura militar,
. o político Paulo Maluf – que era ligado ao regime militar,
. o Plano Real,
. a Constituição de 1988 e
. a acusação de “assistencialismo” aos programas de outros governantes.
No poder, o que era o “partido da ética” tornou-se o “partido do mensalão” (com a prisão de líderes históricos). O inimigo número 1 dos petistas em 1985, Paulo Maluf, tornou-se aliado nas últimas eleições em São Paulo.
O que dava certo em outros governos era, muitas vezes, copiado quase que literalmente, mudando só nome do programa. A ideia era transformar o Lula em mito (foi “preservado” no escândalo do “mensalão”) e mostrar as administrações nos governos petistas como as responsáveis pelo Brasil atual (tão diferente de 1985, ano do fim da ditadura militar).
(*) Maílson da Nóbrega. A porta de saída do Bolsa Família. Veja, 11 de dezembro de 2013, p. 34.
Recentemente (quase sempre, aliás), o ex-presidente Lula usou o programa “Bolsa Família” como forma de reforçar o (seu) próprio mito. Ele “esqueceu”, no entanto, que quando assumiu a presidência da República (pela primeira vez) o seu projeto mesmo recebia o nome de “Fome Zero” e não deu em coisa alguma.
Este tipo de programa, na verdade, começou “a ser pensado nos anos 1970 [em outros países], quando se provou a correlação positiva entre educação, produtividade e crescimento. (…) No Brasil, o programa surgiu em 1995, em Campinas e no Distrito Federal. Depois se espalhou por outros locais. No período FHC, recebeu apoio federal. Ficou conhecido como Bolsa Escola.”*
Lula não era presidente da República em 1995. Ele só adotou o nome Bolsa Família “ao conjunto de programas sociais herdados do governo FHC.”* A mesma coisa pode ser dita quanto ao processo de estabilidade econômica feito a partir do Plano Real, que também não foi obra do seu governo.
O interessante em tudo isso é ver as várias contradições dos líderes petistas em sua “práxis” na oposição e na crítica quanto ao que havia antes de sua chegada ao poder, como:
. o apoio a Tancredo Neves no colégio eleitoral como forma de acabar com a ditadura militar,
. o político Paulo Maluf – que era ligado ao regime militar,
. o Plano Real,
. a Constituição de 1988 e
. a acusação de “assistencialismo” aos programas de outros governantes.
No poder, o que era o “partido da ética” tornou-se o “partido do mensalão” (com a prisão de líderes históricos). O inimigo número 1 dos petistas em 1985, Paulo Maluf, tornou-se aliado nas últimas eleições em São Paulo.
O que dava certo em outros governos era, muitas vezes, copiado quase que literalmente, mudando só nome do programa. A ideia era transformar o Lula em mito (foi “preservado” no escândalo do “mensalão”) e mostrar as administrações nos governos petistas como as responsáveis pelo Brasil atual (tão diferente de 1985, ano do fim da ditadura militar).
(*) Maílson da Nóbrega. A porta de saída do Bolsa Família. Veja, 11 de dezembro de 2013, p. 34.