O SER HUMANO E A PRISÃO
Quem estaria preso? O indivíduo deixa o seu pequeno cachorro preso no apartamento enquanto ele tem que sair para trabalhar e estudar.
Esse indivíduo fica preso no trânsito, depois fica preso no escritório e posteriormente fica preso na faculdade.
Volta para o seu apartamento, num condomínio cercado por grades e câmeras de vigilância. Ao encontrar o seu pequeno cachorro, sente pena do animal que ficou preso durante todo o dia.
Atrás das grades da janela do seu apartamento, o indivíduo observa a rua e sente pena daqueles que não trabalham, não estudam e não possuem apartamentos ou casas.
O que define a prisão? O espaço? O veterinário afirmou que não precisaria ter pena do pequeno cachorro porque o espaço do tamanho do apartamento era adequado para aquela raça.
O ser humano nasce, vive e morre dentro do espaço em que está preso: o planeta terra. De sua janela, olhando para o céu, percebe que existe muita coisa do que ele conhece na sua “prisão”. Se puder utilizar um par de “óculos” (o telescópio espacial Hubble, por exemplo) confirmará as suas suspeitas. Na prática, porém, está condenado a viver no planeta terra.
O ser humano sabe que o seu planeta fica dentro do “sistema solar” e que a vida dele depende da energia do sol. Sabe também que o sistema solar está inserido numa estrutura maior, uma galáxia, a “Via Láctea”. Ela faria parte de outra estrutura, chamada de “Grupo Local de Galáxias”, que seria parte de um “superaglomerado de Virgem”, que ainda faria parte de algo maior, “superaglomerados locais”, que seria o máximo que ele poderia observar no que é conhecido como “universo”.*
Se essa perspectiva for invertida, o ser humano perceberá que ele não está condenado só a viver em um espaço limitado (o planeta), mas que também foi condenado a viver muito longe de tudo e que o seu lugar (a Terra) não seria fundamental nem no sistema solar.
O ser humano, além do espaço, se dá conta que a sua condição é bastante limitada, afinal, ele não sabe o que faz aqui (nesta vida), não sabe o que existiu antes, tem certeza do próprio fim (a morte) e não sabe o que acontecerá depois.
E pensar que o ser humano julgava ser o centro de tudo e a razão de todas as coisas do universo...
* Foto: google imagens
Quem estaria preso? O indivíduo deixa o seu pequeno cachorro preso no apartamento enquanto ele tem que sair para trabalhar e estudar.
Esse indivíduo fica preso no trânsito, depois fica preso no escritório e posteriormente fica preso na faculdade.
Volta para o seu apartamento, num condomínio cercado por grades e câmeras de vigilância. Ao encontrar o seu pequeno cachorro, sente pena do animal que ficou preso durante todo o dia.
Atrás das grades da janela do seu apartamento, o indivíduo observa a rua e sente pena daqueles que não trabalham, não estudam e não possuem apartamentos ou casas.
O que define a prisão? O espaço? O veterinário afirmou que não precisaria ter pena do pequeno cachorro porque o espaço do tamanho do apartamento era adequado para aquela raça.
O ser humano nasce, vive e morre dentro do espaço em que está preso: o planeta terra. De sua janela, olhando para o céu, percebe que existe muita coisa do que ele conhece na sua “prisão”. Se puder utilizar um par de “óculos” (o telescópio espacial Hubble, por exemplo) confirmará as suas suspeitas. Na prática, porém, está condenado a viver no planeta terra.
O ser humano sabe que o seu planeta fica dentro do “sistema solar” e que a vida dele depende da energia do sol. Sabe também que o sistema solar está inserido numa estrutura maior, uma galáxia, a “Via Láctea”. Ela faria parte de outra estrutura, chamada de “Grupo Local de Galáxias”, que seria parte de um “superaglomerado de Virgem”, que ainda faria parte de algo maior, “superaglomerados locais”, que seria o máximo que ele poderia observar no que é conhecido como “universo”.*
Se essa perspectiva for invertida, o ser humano perceberá que ele não está condenado só a viver em um espaço limitado (o planeta), mas que também foi condenado a viver muito longe de tudo e que o seu lugar (a Terra) não seria fundamental nem no sistema solar.
O ser humano, além do espaço, se dá conta que a sua condição é bastante limitada, afinal, ele não sabe o que faz aqui (nesta vida), não sabe o que existiu antes, tem certeza do próprio fim (a morte) e não sabe o que acontecerá depois.
E pensar que o ser humano julgava ser o centro de tudo e a razão de todas as coisas do universo...
* Foto: google imagens