SOCIEDADE
Os homens vivem em sociedade. Em linhas gerais, para os anarquistas, não haveria necessidade de governo. Karl Marx defendia que, na fase final da história, o Estado perderia a sua função na medida em que não existiria diferença de classes sociais. No livro "Was ist Politik?" (p. 203), de Hannah Arendt, numa nota, há uma citação interessante: "se os homens fossem anjos, nenhum governo seria necessário." The Federalist No. 51 (Madison)
Apesar de esperar o mesmo fim - a extinção do Estado - os anarquistas e os comunistas divergiam dos meios para atingir tal objetivo. As anarquistas, de uma maneira geral, acreditavam que espontaneamente isso aconteceria. Os comunistas achavam necessário fazer algo - a revolução - para que "história fosse realizada". Os que defendem o Estado como mediador dos homens, esquecem que ele agiria a favor de uns em detrimento de outros.
De qualquer maneira, apesar das generalizações, o tema é complexo. No fundo, lida com a expectativa de uma resposta para o convívio humano. Freud já mostrava que o indivíduo comportava conflitos "internos" - id, ego e supergo. Ele, confuso em seus desejos, e o outro, nas mesmas condições, numa relação social, dificilmente poderiam atingir uma harmonia.
Daí vem a ética, o respeito ao outro. No entanto, o problema já estava colocado mesmo antes da reunião entre os indivíduos. O esforço em ser ético está associado a negação de muitos instintos do próprio indivíduo. Freud já apontava o conflito entre os interesses do indivíduo e do coletivo.
Freud era pessimista quanto ao futuro da humanidade, o que, em outras palavras, queria dizer que anarquismo, comunismo e liberalismo eram apenas ideologias que serviam para uns dominarem os outros. Talvez. Contudo, nenhuma delas teria o poder na religião como discurso hegemônico ao longo da história. Os indivíduos dependem da natureza, sabem que a morte é certa e não sabem por quê estão neste mundo. Nestas condições, não seria difícil de compreender a força do discurso religioso, que aparece como algo elaborado não pelos homens, mas sim algo feito fora da sociedade.
Teorias políticas e religiosas se aproximam quando o assunto é o controle do outro. Pode se argumentar que, atualmente, essas teorias perderam espaço na credibilidade das pessoas. Talvez. No que as pessoas acreditam então? Na mídia? Mas quem estaria por trás dos meios de comunicação? Certo, voltamos ao início: um quer dominar o outro e não existe resposta nem para o indivíduo nem para a sociedade? Talvez.
Os homens vivem em sociedade. Em linhas gerais, para os anarquistas, não haveria necessidade de governo. Karl Marx defendia que, na fase final da história, o Estado perderia a sua função na medida em que não existiria diferença de classes sociais. No livro "Was ist Politik?" (p. 203), de Hannah Arendt, numa nota, há uma citação interessante: "se os homens fossem anjos, nenhum governo seria necessário." The Federalist No. 51 (Madison)
Apesar de esperar o mesmo fim - a extinção do Estado - os anarquistas e os comunistas divergiam dos meios para atingir tal objetivo. As anarquistas, de uma maneira geral, acreditavam que espontaneamente isso aconteceria. Os comunistas achavam necessário fazer algo - a revolução - para que "história fosse realizada". Os que defendem o Estado como mediador dos homens, esquecem que ele agiria a favor de uns em detrimento de outros.
De qualquer maneira, apesar das generalizações, o tema é complexo. No fundo, lida com a expectativa de uma resposta para o convívio humano. Freud já mostrava que o indivíduo comportava conflitos "internos" - id, ego e supergo. Ele, confuso em seus desejos, e o outro, nas mesmas condições, numa relação social, dificilmente poderiam atingir uma harmonia.
Daí vem a ética, o respeito ao outro. No entanto, o problema já estava colocado mesmo antes da reunião entre os indivíduos. O esforço em ser ético está associado a negação de muitos instintos do próprio indivíduo. Freud já apontava o conflito entre os interesses do indivíduo e do coletivo.
Freud era pessimista quanto ao futuro da humanidade, o que, em outras palavras, queria dizer que anarquismo, comunismo e liberalismo eram apenas ideologias que serviam para uns dominarem os outros. Talvez. Contudo, nenhuma delas teria o poder na religião como discurso hegemônico ao longo da história. Os indivíduos dependem da natureza, sabem que a morte é certa e não sabem por quê estão neste mundo. Nestas condições, não seria difícil de compreender a força do discurso religioso, que aparece como algo elaborado não pelos homens, mas sim algo feito fora da sociedade.
Teorias políticas e religiosas se aproximam quando o assunto é o controle do outro. Pode se argumentar que, atualmente, essas teorias perderam espaço na credibilidade das pessoas. Talvez. No que as pessoas acreditam então? Na mídia? Mas quem estaria por trás dos meios de comunicação? Certo, voltamos ao início: um quer dominar o outro e não existe resposta nem para o indivíduo nem para a sociedade? Talvez.