INGENUIDADE
E. P. Thomspon escreveu uma grande obra: "The Making of Working Class". Foi isso. Eric Hobsbawm disse que ele não tinha um bom editor e fez escolhas equivocadas - como polemizar com Louis Althusser. Não adianta ser um gênio ou ter potencial, se você não sabe o que faz com isso.
Desde os pensadores da Grécia Antiga, a grande questão era como contribuir de tal forma para a humanidade, que você transcenderia a sua existência. Foi o que fez Platão, por exemplo. Neste sentido, Hobsbawm tinha razão em relação ao Thompson: ele poderia ter feito mais.
Por outro lado, para quem vive em uma época que se valoriza o superficial, a imagem e os bens materiais, deveria ser pensado ainda: quem realmente se importa?
De que vale gastar anos em pesquisas e realizar grandes análises e descobertas se, diante dos indivíduos do seu tempo, você não teria valor algum? O que seria melhor, ser manipulador, individualista e obter sucesso em vida, como foi o caso de Bill Gates, ou ser um gênio e viver na miséria, como Van Gogh? Ser os dois não seria possível em nossa sociedade, na medida em que as pessoas que não conseguem perceber o óbvio não poderiam questionar e ir além das aparências.
Não existe solução para tal dilema. Existem, sim, escolhas e conseqüências. E a morte, claro.
De que adiantou toda a "malvadeza" e toda a riqueza de Antônio Carlos Magalhães depois que ele deixou "esse mundo material"? Qual seria o sentido de ser milionário, ter contas na Suíça e possuir aviões, iates e mansões a partir do sofrimento e da exploração de milhões de pessoas, se o indivíduo morre e tudo de material perde o seu valor? Se for pensar efetivamente nessas problemáticas, os "espertos" do capitalismo teriam se esforçado tanto para perder tudo aquele amam - os bens materiais - no final da vida. Eles ainda acham que, por exemplo, os artistas, os religiosos e os intelectuais desperdiçam as suas vidas pois se preocupam com os outros. E ainda se consideram os "espertos"... e os outros seriam apenas "ingênuos"... Irônico.
E. P. Thomspon escreveu uma grande obra: "The Making of Working Class". Foi isso. Eric Hobsbawm disse que ele não tinha um bom editor e fez escolhas equivocadas - como polemizar com Louis Althusser. Não adianta ser um gênio ou ter potencial, se você não sabe o que faz com isso.
Desde os pensadores da Grécia Antiga, a grande questão era como contribuir de tal forma para a humanidade, que você transcenderia a sua existência. Foi o que fez Platão, por exemplo. Neste sentido, Hobsbawm tinha razão em relação ao Thompson: ele poderia ter feito mais.
Por outro lado, para quem vive em uma época que se valoriza o superficial, a imagem e os bens materiais, deveria ser pensado ainda: quem realmente se importa?
De que vale gastar anos em pesquisas e realizar grandes análises e descobertas se, diante dos indivíduos do seu tempo, você não teria valor algum? O que seria melhor, ser manipulador, individualista e obter sucesso em vida, como foi o caso de Bill Gates, ou ser um gênio e viver na miséria, como Van Gogh? Ser os dois não seria possível em nossa sociedade, na medida em que as pessoas que não conseguem perceber o óbvio não poderiam questionar e ir além das aparências.
Não existe solução para tal dilema. Existem, sim, escolhas e conseqüências. E a morte, claro.
De que adiantou toda a "malvadeza" e toda a riqueza de Antônio Carlos Magalhães depois que ele deixou "esse mundo material"? Qual seria o sentido de ser milionário, ter contas na Suíça e possuir aviões, iates e mansões a partir do sofrimento e da exploração de milhões de pessoas, se o indivíduo morre e tudo de material perde o seu valor? Se for pensar efetivamente nessas problemáticas, os "espertos" do capitalismo teriam se esforçado tanto para perder tudo aquele amam - os bens materiais - no final da vida. Eles ainda acham que, por exemplo, os artistas, os religiosos e os intelectuais desperdiçam as suas vidas pois se preocupam com os outros. E ainda se consideram os "espertos"... e os outros seriam apenas "ingênuos"... Irônico.