DILMA, MST & FREELANCERS
Algumas pessoas se perguntam se o mandato da presidente Dilma chegará ao fim.
A questão central, porém, é mais complexa. O que está em jogo (atualmente) é a manutenção ou não da democracia no país.
O Brasil é um importante país na geopolítica internacional. No entanto, também é visto por muitos como "uma república das bananas". Isso significa que quando o Lula fala em colocar "o exército do MST nas ruas", ele esquece do verdadeiro Exército brasileiro que assumiu o poder dos civis por 21 anos.
Muitas lideranças não conseguem chegar nem no nível de um debate de ideias. Elas só fazem ameaças, menosprezam a força dos seus adversários e desconsideram o real perigo que corre a democracia brasileira no momento.
As lideranças petistas precisam arrumar a casa (que eles ajudaram bastante a bagunçar). A presidente Dilma teria dois caminhos. Um seria o "clássico": ajuste fiscal, terceirização, cortes de gatos, entre outras medidas. O outro seria o contrário: centralização de poder no executivo, censura, estatização e estratégias semelhantes.
A presidente Dilma fez a opção pelo caminho "clássico" (ao que parece) e sofre críticas mesmo entre os petistas e as lideranças dos movimentos sociais como CUT e MST.
Provavelmente nem o Adam Smith (se estivesse vivo hoje em dia) defenderia essas ideias de que no capitalismo sempre o melhor produto ganha a concorrência e o melhor profissional vence a luta por um lugar no mercado de trabalho.
"Mão invisível do mercado"?? Por favor!!! Século XIX?
Alguém já ouviu falar da última revolução tecnológica (sim, os computadores, blá, blá) e as mudanças drásticas que ocorreram no mercado contra os trabalhadores?
A terceirização reforça uma relação desigual entre patrões e empregados.
MAS ainda não é o pior...
O medo (nos Estados Unidos) é a criação de um país de "freelancers", ou seja, cada um por si, numa briga diária para vender algo, concorrendo contra tudo e todos e sem garantia alguma.
Se souber inglês, leia o artigo da Rebecca Smith,* quando ela conclui:
"Para o bem do nosso futuro econômico, precisamos ter certeza de que essas empresas tratam os trabalhadores de forma justa. A América não pode prosperar como uma nação de freelancers que estão compartilhando as sucatas."
"For the sake of our economic future, we need to make sure that these companies treat workers fairly. America cannot thrive off of a nation of freelancers who are sharing the scraps."
© profelipe ™ 11-04-2015 16h03
(*)http://edition.cnn.com/…/smith-sharing-economy-u…/index.html
(**) Tradução livre de © profelipe ™
Algumas pessoas se perguntam se o mandato da presidente Dilma chegará ao fim.
A questão central, porém, é mais complexa. O que está em jogo (atualmente) é a manutenção ou não da democracia no país.
O Brasil é um importante país na geopolítica internacional. No entanto, também é visto por muitos como "uma república das bananas". Isso significa que quando o Lula fala em colocar "o exército do MST nas ruas", ele esquece do verdadeiro Exército brasileiro que assumiu o poder dos civis por 21 anos.
Muitas lideranças não conseguem chegar nem no nível de um debate de ideias. Elas só fazem ameaças, menosprezam a força dos seus adversários e desconsideram o real perigo que corre a democracia brasileira no momento.
As lideranças petistas precisam arrumar a casa (que eles ajudaram bastante a bagunçar). A presidente Dilma teria dois caminhos. Um seria o "clássico": ajuste fiscal, terceirização, cortes de gatos, entre outras medidas. O outro seria o contrário: centralização de poder no executivo, censura, estatização e estratégias semelhantes.
A presidente Dilma fez a opção pelo caminho "clássico" (ao que parece) e sofre críticas mesmo entre os petistas e as lideranças dos movimentos sociais como CUT e MST.
Provavelmente nem o Adam Smith (se estivesse vivo hoje em dia) defenderia essas ideias de que no capitalismo sempre o melhor produto ganha a concorrência e o melhor profissional vence a luta por um lugar no mercado de trabalho.
"Mão invisível do mercado"?? Por favor!!! Século XIX?
Alguém já ouviu falar da última revolução tecnológica (sim, os computadores, blá, blá) e as mudanças drásticas que ocorreram no mercado contra os trabalhadores?
A terceirização reforça uma relação desigual entre patrões e empregados.
MAS ainda não é o pior...
O medo (nos Estados Unidos) é a criação de um país de "freelancers", ou seja, cada um por si, numa briga diária para vender algo, concorrendo contra tudo e todos e sem garantia alguma.
Se souber inglês, leia o artigo da Rebecca Smith,* quando ela conclui:
"Para o bem do nosso futuro econômico, precisamos ter certeza de que essas empresas tratam os trabalhadores de forma justa. A América não pode prosperar como uma nação de freelancers que estão compartilhando as sucatas."
"For the sake of our economic future, we need to make sure that these companies treat workers fairly. America cannot thrive off of a nation of freelancers who are sharing the scraps."
© profelipe ™ 11-04-2015 16h03
(*)http://edition.cnn.com/…/smith-sharing-economy-u…/index.html
(**) Tradução livre de © profelipe ™