PT & PSDB – JUNHO DE 2014
No “imaginário político”, quem gosta de fazer drama seria a direita... Ela seria escandalosa por definição.
Entretanto, recentemente, surgem reclamações por parte da esquerda de que a direita estaria “enfurecida” e que assumira esse papel nas eleições brasileiras.
Contudo, o quadro político-partidário não foi alterado. Ocorrerá, na próxima disputa, a polarização entre o PT (governo) e o PSDB (oposição). Trata-se de uma ilusão tentar chamar essa polarização de confronto entre a (?) esquerda (PT) e a (?) direita (PSDB).
Faz tempo, por exemplo, que o PT abandonou a bandeira do socialismo. Não foi por acaso, aliás, que desta mudança vieram outros partidos como PSTU e PSOL. Com três mandatos no poder (federal), as lideranças petistas souberam mudar os seus interesses e adequá-los aos interesses da elite (mundial e nacional).
O PSDB surgiu como uma dissidência “ética” do PMDB, que originalmente, havia sido criado durante a ditadura militar – como MDB – para abrigar o que os generais admitiam como “oposição” num sistema bipartidário. O próprio PT foi criado no final dessa ditadura.
Na relativamente curta República brasileira (pós-1889), o país viveu sob duas ditaduras – a de Vargas até 1945 e a dos militares até 1985. Quer dizer que a democracia não seria algo permanente e definitivo no cotidiano do país. Isso também não significa que amanhã ocorrerá um golpe de estado.
A lição é lembrar dos erros históricos (como em 1964) e parar de fingir que existe uma real diferença dos dois principais partidos eleitorais (para a presidência da República) no sentido de rompimento ou não com a ordem vigente (sistema capitalista). Propostas políticas diferentes e pequenas reformas são admitidas no jogo democrático burguês justamente porque não comprometem o seu modo de produção.
No entanto, podem significar um risco para o cotidiano da maioria certas práticas que foram retomadas, mais enfaticamente, nesse ano eleitoral, como: escândalos forjados, promessas que não podem ser cumpridas, culto de personalidade, (suposta) luta entre os poderes da República, bipolarização entre o bem e o mal ou ainda discursos populistas inflamados.
A política é um jogo que, no Brasil, ora se parece com uma comédia, ora estaria mais para uma tragédia. Falam que houve mudanças e revoluções no país, sem que, na prática, ocorresse uma transformação efetiva na divisão da riqueza nacional. Depois ainda reclamam quando dizem que o país não seria sério.
No “imaginário político”, quem gosta de fazer drama seria a direita... Ela seria escandalosa por definição.
Entretanto, recentemente, surgem reclamações por parte da esquerda de que a direita estaria “enfurecida” e que assumira esse papel nas eleições brasileiras.
Contudo, o quadro político-partidário não foi alterado. Ocorrerá, na próxima disputa, a polarização entre o PT (governo) e o PSDB (oposição). Trata-se de uma ilusão tentar chamar essa polarização de confronto entre a (?) esquerda (PT) e a (?) direita (PSDB).
Faz tempo, por exemplo, que o PT abandonou a bandeira do socialismo. Não foi por acaso, aliás, que desta mudança vieram outros partidos como PSTU e PSOL. Com três mandatos no poder (federal), as lideranças petistas souberam mudar os seus interesses e adequá-los aos interesses da elite (mundial e nacional).
O PSDB surgiu como uma dissidência “ética” do PMDB, que originalmente, havia sido criado durante a ditadura militar – como MDB – para abrigar o que os generais admitiam como “oposição” num sistema bipartidário. O próprio PT foi criado no final dessa ditadura.
Na relativamente curta República brasileira (pós-1889), o país viveu sob duas ditaduras – a de Vargas até 1945 e a dos militares até 1985. Quer dizer que a democracia não seria algo permanente e definitivo no cotidiano do país. Isso também não significa que amanhã ocorrerá um golpe de estado.
A lição é lembrar dos erros históricos (como em 1964) e parar de fingir que existe uma real diferença dos dois principais partidos eleitorais (para a presidência da República) no sentido de rompimento ou não com a ordem vigente (sistema capitalista). Propostas políticas diferentes e pequenas reformas são admitidas no jogo democrático burguês justamente porque não comprometem o seu modo de produção.
No entanto, podem significar um risco para o cotidiano da maioria certas práticas que foram retomadas, mais enfaticamente, nesse ano eleitoral, como: escândalos forjados, promessas que não podem ser cumpridas, culto de personalidade, (suposta) luta entre os poderes da República, bipolarização entre o bem e o mal ou ainda discursos populistas inflamados.
A política é um jogo que, no Brasil, ora se parece com uma comédia, ora estaria mais para uma tragédia. Falam que houve mudanças e revoluções no país, sem que, na prática, ocorresse uma transformação efetiva na divisão da riqueza nacional. Depois ainda reclamam quando dizem que o país não seria sério.