DEBATES
Em 1992, Francis Fukuyama gerou certa polêmica da a ideia do "fim da história". Sem uma argumentação consistente, foi criticado por vários intelectuais em todo o mundo. O mérito dele foi ter criado um polêmica, coisa rara atualmente. A história não acabou, mas o mundo ficou chato.
Fukuyama não foi o único "agitador". Louis Althusser, antes, em sua tentativa de associar as ideias do marxismo com o pressupostos do estruturalismo, também atraiu para si bastante atenção e muitas críticas.
No Brasil, Nelson Rodrigues, José Guilherme Merquior e Paulo Francis eram capazes de gerar debates em relação a vários temas. Não vem ao caso, nesse texto pelo menos, se determinado autor tinha razão ou não.
O interessa (aqui) é a capacidade de levantar polêmicas e levar as pessoas a pensar. Nos Estados Unidos, se nos últimos anos, havia uma figura como Gore Vidal, por outro, atualmente, Noam Chomsky, um grande intelectual, é incapaz de agitar efetivamente o mundo das ideias fora dos muros das universidades.
Na França, até a década de 1980, havia os casos de Michel Foucault e Jean Paul Sartre, intelectuais consagrados que iam para as ruas, emitiam opiniões e participavam de debates relevantes.
Entre os historiadores, E. P. Thompson ganhou alguma expressão na luta contra as armas nucleares. Contudo, os debates destes pesquisadores eram específicos e dificilmente atraíam a atenção da sociedade. Talvez os profissionais da "Nouvelle Histoire" nos setenta do século XX representassem uma exceção neste sentido.
Hoje em dia, os grandes intelectuais vivos, como Noam Chomsky e Umberto Eco, não demonstram interesse ou capacidade de agitar um debate que incomodaria a sociedade. Eles não são culpados, afinal, vivemos uma época em que não existem grandes projetos ou esperanças para a humanidade.
Após o fim da segunda guerra Mundial, com a bombas atômicas no Japão, depois da revisão do stalinismo em 1956, a crise dos mísseis em Cuba em 1962, a queda do muro de Berlim em 1989 seguida pelo fim do socialismo real nos países do leste europeu e, finalmente, a queda das torres do World Trade Center em 2001, parece que, intelectualmente, o mundo parou. Ou, no mínimo, como foi dito antes, ficou muito chato.
Em 1992, Francis Fukuyama gerou certa polêmica da a ideia do "fim da história". Sem uma argumentação consistente, foi criticado por vários intelectuais em todo o mundo. O mérito dele foi ter criado um polêmica, coisa rara atualmente. A história não acabou, mas o mundo ficou chato.
Fukuyama não foi o único "agitador". Louis Althusser, antes, em sua tentativa de associar as ideias do marxismo com o pressupostos do estruturalismo, também atraiu para si bastante atenção e muitas críticas.
No Brasil, Nelson Rodrigues, José Guilherme Merquior e Paulo Francis eram capazes de gerar debates em relação a vários temas. Não vem ao caso, nesse texto pelo menos, se determinado autor tinha razão ou não.
O interessa (aqui) é a capacidade de levantar polêmicas e levar as pessoas a pensar. Nos Estados Unidos, se nos últimos anos, havia uma figura como Gore Vidal, por outro, atualmente, Noam Chomsky, um grande intelectual, é incapaz de agitar efetivamente o mundo das ideias fora dos muros das universidades.
Na França, até a década de 1980, havia os casos de Michel Foucault e Jean Paul Sartre, intelectuais consagrados que iam para as ruas, emitiam opiniões e participavam de debates relevantes.
Entre os historiadores, E. P. Thompson ganhou alguma expressão na luta contra as armas nucleares. Contudo, os debates destes pesquisadores eram específicos e dificilmente atraíam a atenção da sociedade. Talvez os profissionais da "Nouvelle Histoire" nos setenta do século XX representassem uma exceção neste sentido.
Hoje em dia, os grandes intelectuais vivos, como Noam Chomsky e Umberto Eco, não demonstram interesse ou capacidade de agitar um debate que incomodaria a sociedade. Eles não são culpados, afinal, vivemos uma época em que não existem grandes projetos ou esperanças para a humanidade.
Após o fim da segunda guerra Mundial, com a bombas atômicas no Japão, depois da revisão do stalinismo em 1956, a crise dos mísseis em Cuba em 1962, a queda do muro de Berlim em 1989 seguida pelo fim do socialismo real nos países do leste europeu e, finalmente, a queda das torres do World Trade Center em 2001, parece que, intelectualmente, o mundo parou. Ou, no mínimo, como foi dito antes, ficou muito chato.