ATOS DE TOTALITARISMO
A onda de totalitarismo permanece. Primeiro, foram os ataques aos homossexuais. Vieram, depois, a tentativa de “fazer justiça com as próprias mãos” quando cidadãos comuns atacavam e amarravam em postes ladrões e outros criminosos. Hoje, 07-03-2014, foram os atos de racismo no futebol brasileiro:
“No mesmo dia em que o árbitro Márcio Chagas da Silva denunciou ter sido vítima de racismo durante a partida em que apitou entre Esportivo e Veranópolis, pelo Campeonato Gaúcho, o futebol brasileiro registrou mais um caso lamentável de preconceito em seus campos. Após a goleada do Santos sobre o Mogi Morim por 5 a 2, pelo Campeonato Paulista, o volante Arouca foi alvo de insultos racistas no estádio Romildão. No mês passado, o volante Tinga, do Cruzeiro, foi vítima de insultos racistas por parte da torcida do Real Garcilaso, do Peru, durante jogo da Libertadores.”*
O que chama atenção - em todos os casos – é que os atos foram feitos em países da América do Sul. Os seus cidadãos são alvos de racismo em países desenvolvidos, principalmente na Europa, exatamente por causa das suas origens indígenas e pela influência dos negros na formação destes povos.
Portanto, o racismo (no Brasil ou no Peru) representa uma contradição em si na medida em que se esses mesmos reacionários forem para, por exemplo, Alemanha, correm o risco de serem hostilizados por causa dos seus “traços latinos”.
Ninguém é superior a ninguém seja por motivo de raça ou dinheiro ou sexo ou religião. O exemplo histórico do nazismo não pode ser esquecido. Não pertencer à raça ariana foi o suficiente para justificar a morte de mais de 6 milhões de pessoas.
Especificamente sobre o Brasil, vale lembrar que a Copa do Mundo colocará o país no centro das atenções de todo o mundo. Os atos totalitários que aconteceram aqui já foram noticiados e mudaram um pouco a velha imagem de “um povo pacífico e alegre”. Além disto, existe a repressão contra a população e a imprensa na Venezuela e a omissão das lideranças do Mercosul diante disto.
Do ponto de vista do respeito às instituições e às regras internacionais, o Brasil permanece distante do que é feito pelo presidente da Venezuela (apesar da conivência e mesmo simpatia de várias lideranças petistas por tal modelo), o que não pode ser dito em relação a outros países, como Argentina, Bolívia e Equador.
A “cubanização” da América do Sul, porém, será um projeto difícil de ser realizado sem a liderança de Hugo Chavéz. O ex-presidente Lula participa de reuniões com Raul Castro e aparece na TV venezuelana dando apoio a Nicolás Maduro (o irônico é Maduro reclamar da interferência das lideranças do Panamá ou dos Estados Unidos mas não citar coisa alguma sobre o Lula), mas, à liderança petista, faltam o carisma e a ousadia de Chavéz.
Quanto a Cuba, durante décadas ela foi vista como um “país satélite” da ex-URSS. Ela interessava do ponto de vista da geopolítica da guerra fria. Após o embargo imposto à ilha pelos Estados Unidos, o dinheiro soviético foi fundamental para a manutenção do regime dos Castros. Com o fim da URSS, a situação do país agravou, mas aí veio a aliança com Chavéz e, quem diria, no governo Dilma, a parceria com o Brasil, seja no programa “Mais Médicos”, seja no financiamento (com capital brasileiro) do Porto de Mariel, próximo a Havana.
(*)http://oglobo.globo.com/esportes/arouca-vitima-de-racismo-apos-goleada-do-santos-sobre-mogi-11809781
A onda de totalitarismo permanece. Primeiro, foram os ataques aos homossexuais. Vieram, depois, a tentativa de “fazer justiça com as próprias mãos” quando cidadãos comuns atacavam e amarravam em postes ladrões e outros criminosos. Hoje, 07-03-2014, foram os atos de racismo no futebol brasileiro:
“No mesmo dia em que o árbitro Márcio Chagas da Silva denunciou ter sido vítima de racismo durante a partida em que apitou entre Esportivo e Veranópolis, pelo Campeonato Gaúcho, o futebol brasileiro registrou mais um caso lamentável de preconceito em seus campos. Após a goleada do Santos sobre o Mogi Morim por 5 a 2, pelo Campeonato Paulista, o volante Arouca foi alvo de insultos racistas no estádio Romildão. No mês passado, o volante Tinga, do Cruzeiro, foi vítima de insultos racistas por parte da torcida do Real Garcilaso, do Peru, durante jogo da Libertadores.”*
O que chama atenção - em todos os casos – é que os atos foram feitos em países da América do Sul. Os seus cidadãos são alvos de racismo em países desenvolvidos, principalmente na Europa, exatamente por causa das suas origens indígenas e pela influência dos negros na formação destes povos.
Portanto, o racismo (no Brasil ou no Peru) representa uma contradição em si na medida em que se esses mesmos reacionários forem para, por exemplo, Alemanha, correm o risco de serem hostilizados por causa dos seus “traços latinos”.
Ninguém é superior a ninguém seja por motivo de raça ou dinheiro ou sexo ou religião. O exemplo histórico do nazismo não pode ser esquecido. Não pertencer à raça ariana foi o suficiente para justificar a morte de mais de 6 milhões de pessoas.
Especificamente sobre o Brasil, vale lembrar que a Copa do Mundo colocará o país no centro das atenções de todo o mundo. Os atos totalitários que aconteceram aqui já foram noticiados e mudaram um pouco a velha imagem de “um povo pacífico e alegre”. Além disto, existe a repressão contra a população e a imprensa na Venezuela e a omissão das lideranças do Mercosul diante disto.
Do ponto de vista do respeito às instituições e às regras internacionais, o Brasil permanece distante do que é feito pelo presidente da Venezuela (apesar da conivência e mesmo simpatia de várias lideranças petistas por tal modelo), o que não pode ser dito em relação a outros países, como Argentina, Bolívia e Equador.
A “cubanização” da América do Sul, porém, será um projeto difícil de ser realizado sem a liderança de Hugo Chavéz. O ex-presidente Lula participa de reuniões com Raul Castro e aparece na TV venezuelana dando apoio a Nicolás Maduro (o irônico é Maduro reclamar da interferência das lideranças do Panamá ou dos Estados Unidos mas não citar coisa alguma sobre o Lula), mas, à liderança petista, faltam o carisma e a ousadia de Chavéz.
Quanto a Cuba, durante décadas ela foi vista como um “país satélite” da ex-URSS. Ela interessava do ponto de vista da geopolítica da guerra fria. Após o embargo imposto à ilha pelos Estados Unidos, o dinheiro soviético foi fundamental para a manutenção do regime dos Castros. Com o fim da URSS, a situação do país agravou, mas aí veio a aliança com Chavéz e, quem diria, no governo Dilma, a parceria com o Brasil, seja no programa “Mais Médicos”, seja no financiamento (com capital brasileiro) do Porto de Mariel, próximo a Havana.
(*)http://oglobo.globo.com/esportes/arouca-vitima-de-racismo-apos-goleada-do-santos-sobre-mogi-11809781